sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Casamento Mariinha e Mário Figueiredo

Mariinha e Mário Figueiredo

A 26/05/1917 na cidade de Patrocínio do Sapucahy, Estado de são Paulo, às 10 horas na casa de residência do Capitão Jerônimo Dias Pereira. Presentes: o 1º juiz de paz Frederico Dias Batista, o escrivão e official do cargo abaixo e as Testemunhas Agenor Falleiros, Tabelião residente nesta cidade e o Capitão Firmino Rocha, Comerciante.
Receberam em matrimônio o cidadão Mário Cícero de Figueiredo, nascido a 11/06/1892, natural e residente nesta cidade e Dª Maria Dias Pereira, nascida a 8/12/1897, domiciliada e residente nesta cidade, solteira, o conttraente filho de Francisco Ponciano de Figueiredo, com 55 anos presumíveis e Dª Maria Firmina de Figueiredo, falecida em Franca a 8/04/1916, a contraente filha de Joaquim Dias Pereira e de Dª Emília Dias da Conceição falecidos neste distrito, ela em setembro, ele em outubro de 1905.

Assinado por: - José Barcellos, escrivão de paz e official do registro civil; - Frederico Dias Batista; - Maria Dias Pereira; - Mario Cícero de Figueiredo; - Firmino Rocha; - João Novato; - Felício Radesca; - Jerônimo Dias Pereira; - Maria Rita Martins; -Maria Cândida Marques.

Adendos ao termo anterior (à margem do livro de casamentos):

Mario Cícero de Figueiredo faleceu no 1º Sub distrito de Ribeirão Preto em 2/10/1967, sob nº 28.661, fls.11, LC 115 conforme comunicação recebida hoje. Patrocínio Paulista 30/11/1967. Oficial do RC. : Adauto de Almeida Luz.

Maria Dias Pereira faleceu no 1º Sub distrito de Ribeirão Preto em 30/04/1993. Óbito registrado no CRC LC 167, fls. 364, nº 31295 conforme comunicação recebida em 10/08/1993. O escrivão José Claudio Ferreira.

 Obs.: Mário (*11/06/1892) (+ 2/10/1967) com 75 anos.
          Mariinha (* 8/12/1897) (+ 10/08/1993) com 96 anos.

 Mariinha viveu 26 anos após a morte de Mário que era mais velho que ela cinco anos.

Mariinha era neta paterna de João Batista Dias(João Carolino, um dos fundadores de Patrocínio Sapucay) e de Furtunata Vieira Dias Pereira.


Casamentos - Livro nº 5 - 1917 – 1921 Termo de Abertura – assinado por Frederico Dias Baptista, Juiz de Direito Substituto, a 6 de maio de 1917. Termo nº1- Fls. 1 e vº Pesquisa realizada em 10/11/2009 – CRC Patrocínio Paulista – São Paulo (Pesquisadora - Palmira Luiza Novato Faleiros).

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Administrar o Tempo

"Administrar o tempo é planejar a vida"

 Eduardo O C Chaves

Geralmente, quem escreve sobre administração do tempo não o faz porque seja especialista na questão, mas, sim, porque quer aprender mais sobre o assunto. Pelo menos foi esse o meu caso. Vou relatar aqui algumas de minhas descobertas, como roteiro para a leitura do quarto texto.

1) Administrar o tempo não é uma questão de ficar contando os minutos dedicados a cada atividade: é uma questão de saber definir prioridades. Provavelmente (numa sociedade complexa como a nossa), NUNCA vamos ter tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos fazer. Saber administrar o tempo é ter clareza cristalina sobre o que, para nós, é mais prioritário, dentre as várias coisas que precisamos e desejamos fazer - e tomar providências para que essas coisas mais prioritárias sejam feitas, sabendo que as outras provavelmente nunca vão ser feitas (mas tudo bem: elas não são prioritárias).

2) Dentre as coisas que vamos listar como prioritárias, algumas estarão ali porque nos são importantes, outras porque são urgentes. Imagino que algo que não é NEM importante NEM urgente não estará na lista de ninguém. E também sei que na lista de todo mundo haverá coisas que são IMPORTANTES E URGENTES. Não resta a menor dúvida de que estas coisas devem ser feitas imediatamente, ou, pelo menos, na primeira oportunidade. Poucas pessoas questionarão isso. O problema surge com coisas que consideramos importantes, mas não urgentes, e com coisas que são urgentes, mas às quais não damos muita importância.

 3) Digamos que você considere importante ficar mais tempo com sua família. Por outro lado, você tem que trabalhar x horas por dia. Se o seu trabalho é mais importante do que ficar com a sua família, o problema está resolvido: você trabalha, mesmo que isso prejudique a convivência familiar. Mas e se o trabalho não é mais importante para você do que a convivência familiar? Neste caso, provavelmente o trabalho é urgente, no sentido de que tem que ser feito, pois doutra forma você vai ser despedido (ou perder clientes, se for autônomo ou empresário) e vai ter dificuldades para manter sua família (embora, sem trabalho, provavelmente vai poder passar mais tempo com ela…). Aqui o conflito é entre o importante e o urgente - e é aí que a maior parte de nós se perde, e por uma razão muito simples: algumas das tarefas que temos que realizar não são selecionadas por nós, mas nos são impostas. Isto é: não somos donos de todo o nosso tempo. Não temos, em relação ao nosso tempo, toda a autonomia que gostaríamos de ter. Quando aceitamos um emprego, estamos, na realidade, nos comprometendo a ceder a outrem o nosso tempo (e, também, o nosso esforço, a nossa capacidade, o nosso conhecimento, etc.). Este é um problema real e de solução difícil: não somos donos de boa parte de nosso tempo.

 4) Acontece, porém, que geralmente usamos mal o tempo que dedicamos ao trabalho (e, por isso, temos que fazer hora extra ou trazemos trabalho para casa), ou mesmo o tempo que passamos em casa. Usar mal QUER DIZER que muitas vezes usamos o nosso tempo para fazer o que não é nem importante nem urgente, mas apenas algo que sempre fizemos, pela força do hábito. Alguém me disse, quando eu era criança, que a gente nunca deveria abandonar a leitura de um livro, por pior que ele fosse. Que bobagem! Mas quanto tempo desperdicei terminando de ler coisa que de nada me serviu por causa desse conselho! Uma vez me peguei dizendo à minha família que não poderia fazer algo (não me lembro o quê) domingo de manhã porque precisava ler os jornais. Eu lia, religiosamente, a Folha e o Estado aos domingos de manhã (sinto muito, folks: há tempo que não frequento escola dominical). Lia por hábito. Achava que um professor tem que se manter informado. Mas quando disse que "precisava" ler os jornais me dei conta de que realmente não precisava lê-los. O que é de pior que poderia me acontecer se eu não lesse os jornais, me perguntei. NADA, foi a resposta que tive honestamente que dar. Se houver algo importante nos jornais provavelmente fico sabendo no noticiário da TV, ou na VEJA. Mas daí me perguntei: e preciso ler a VEJA todas as semanas? Resposta: não. Existe algo que eu prefiro ler/fazer naquelas manhãs de domingo que ganhei? Claro, muitas coisas - PARA AS QUAIS EU ANTES NÃO TINHA TEMPO. Ganhei as horas dos jornais, ganhei as horas da VEJA, fui ganhando uma horinha aqui outra ali, para as coisas que eu realmente queria fazer há muito tempo e não achava tempo…

5) Administrar o tempo é ganhar autonomia sobre a sua vida, não é ficar escravo do relógio. É uma batalha constante, que tem que ser ganha todo dia. Se você quer ter a autonomia de decidir passar mais tempo com a família, ou sem fazer nada, você tem que ganhar esse tempo deixando de fazer outras coisas que são menos importantes para você. Em última instância pode ser que você até tenha que, eventualmente, arrumar um outro emprego ou uma outra ocupação.

6) O tempo é distribuído entre as pessoas de forma bem mais democrática que muitos dos outros recursos de que nós dependemos (como, por exemplo, a inteligência). Todos os dias cada um de nós recebe exatamente 24 horas (a menos que seja o último dia de nossas vidas): nem mais, nem menos. Rico não recebe mais do que pobre, professor universitário não recebe mais do que analfabeto, executivo não recebe mais do que operário. Entretanto, apesar desse igualitarismo, uns conseguem realizar uma grande quantidade de coisas num dia, outros, ao final do dia, têm o sentimento de que o dia acabou e não fizeram nada. A diferença é que os primeiros percebem que o tempo, apesar de democraticamente distribuído, é um recurso altamente perecível. Um dia perdido hoje (perdido no sentido de que não realizei nele o que precisaria ou desejaria realizar) não é recuperado depois: é perdido para sempre.

7) Há os que afirmam, hoje, que o recurso mais escasso na nossa sociedade não é dinheiro, não são matérias primas, não é energia, não é nem mesmo inteligência: é tempo. Mas tempo se ganha, ou se faz, deixando de fazer coisas que não são nem importantes nem urgentes e sabendo priorizar aquelas que são importantes e/ou urgentes.

8) Quem tem tempo não é quem não faz nada: é quem consegue administrar o tempo que tem de modo a poder fazer aquilo que quer.

9) Por outro lado, ser produtivo não é equivalente a estar ocupado. Há muitas pessoas que estão o tempo todo ocupadas exatamente porque são improdutivas - não sabem onde concentrar seus esforços e, por isso, ciscam aqui, ciscam ali, mas nunca produzem nada. Ser produtivo é, em primeiro lugar, saber administrar o tempo, ter sentido de direção, saber aonde se vai.

10) Administrar o tempo, em última instância, é planejar estrategicamente a nossa vida. Para isso, precisamos, em primeiro lugar, saber aonde queremos chegar (definição de objetivos). Onde quero estar, o que quero ser, daqui a 5, 10, 25, 50 anos? O segundo passo é começar a estrategiar: transformar objetivos em metas (com prazos e quantificações) e decidir, em linhas gerais, como as metas serão alcançadas. O terceiro passo é criar planos táticos: explorar as alternativas específicas disponíveis para se chegar aonde queremos chegar, escolher fontes de financiamento (emprego, em geral, é fonte de financiamento), etc. Em quarto lugar, fazer o que tem que ser feito. Durante todo o processo, precisamos estar constantemente avaliando os meios que estamos usando, para verificar se estão nos levando mais perto de onde queremos vamos querer estar ao final do processo. Se não, troquemos de meios (procuremos outro emprego, por exemplo).

11) Mas tudo começa com uma verdade tão simples que parece uma platitude: se você não sabe aonde quer chegar, provavelmente nunca vai chegar lá - por mais tempo que tenha.

12) Quando o nosso tempo termina, acaba a nossa vida. Não há maneira de obter mais. Por isso, tempo é vida. Quem administra o tempo ganha vida, mesmo vivendo o mesmo tempo. Prolongar a duração de nossa vida não é algo sobre o qual tenhamos muito controle. Aumentar a nossa vida ganhando tempo dentro da duração que ela tem é algo, porém, que está ao alcance de todos. Basta um pouco de esforço e determinação.

(*) Este artigo é resumo, feito em 1998, de um livreto, Administração do Tempo, que escrevi em 1992. © Copyright by Eduardo Chaves

segunda-feira, 6 de julho de 2009

ORIGENS DE PATROCÍNIO PAULISTA - SP

O garimpo nos Rios Santa Bárbara e Sapucaí-Mirim e a origem de
Patrocínio Paulista – SP

1 – A descoberta de riquezas minerais em Minas Gerais e seu apogeu

As descobertas de diamante, logo após aos primeiros achados auríferos, deu ao Brasil o primeiro lugar entre os produtores modernos desta pedra, cabendo-lhe o monopólio da produção no século XVIII. Os primeiros achados diamantíferos datam de 1729 e ocorreram em terrenos auríferos.
O sistema adotado para extração do diamante foi, a princípio, o mesmo adotado na do ouro. Verificou-se, porém, ser muito difícil calcular e separar o quinto de pedras tão diferentes em tamanho e qualidade, adotando-se um sistema mais conveniente à arrecadação tributária.
Demarcado e isolado o chamado Distrito Diamantino, sua exploração foi dada a pessoas privilegiadas que teriam que pagar uma quantia fixa pelo direito de exploração.
Em 1771, a exploração passou a ser feita diretamente pela Real Fazenda. Foi organizada uma Junta da Administração Geral dos Diamantes dirigida por um intendente e diretamente subordinada ao Governo de Lisboa.
As descobertas diamantíferas provocaram um novo “ruzh” minerador, assim como novas medidas administrativas por parte da coroa. Por mais de meio século, a mineração monopolizou as atenções do país em detrimento das demais atividades.
A corrida do ciclo minerador teve como consequências principais o povoamento de um território imenso antes desabitado e a transferência do centro econômico da colônia, antes formado pelos centros açucareiros do Nordeste.
O rendimento das jazidas brasileiras foi abundante, mas de pequena duração, devido ao esgotamento das mesmas. O apogeu da extração brasileira, segundo Caio Prado Júnior, em Formação do Brasil Contemporâneo, ocorreu em meados do século XVIII, ao qual se segue rápido declínio.

sábado, 4 de julho de 2009

Coronel João Vilela dos Reis

João Vilela dos Reis nasceu em Cachoeira do Raty, ou Rates, (atual Carmo da Cachoeira), Estado de Minas Gerais, em 14 de outubro 1842. Era filho de Joaquim Villela dos Reis e de dona Anna Jacintha de Figueiredo.
Em 30 de junho de 1868 casou-se com D. Maria Salomé de Figueiredo em Boa Esperança, Minas Gerais. Tiveram os filhos Maria Leofonsina, Joaquim, Maria das Dores, João e Manoel, e outros dez que morreram na infância.
João veio para Patrocínio do Sapucay com 17 anos e trabalhou pelo engrandecimento da terra que o acolheu como filho até os últimos dias de sua vida. Era político influente nesta cidade, sendo o primeiro Presidente da Câmera.
João Villela dos Reis faleceu em 4/11/1918 às 9h, neste distrito em domicílio de Manoel Villela dos Reis, na Fazenda São Francisco com 76 anos. João era filho de Joaquim Vilela dos Reis e Anna jacintha de Figueiredo, nasceu em Cachoeira Do Ratis ou Raty, MG a 14/10/1842 . Casou-se a 30/6/1868 com Dª Maria Salomé de Figueiredo em Dores de Boa Esperança. Teve 15 filhos, 10 deles faleceram em criança. (Termo de óbito do Cartório de Registro Civil de Patrocínio Paulista – LC 5 – Nº 66 – 182 vº/183 – 4/11/1918 – Declarante Francisco Custódio Falleiros)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

AMIZADE

"Abençoemos aqueles que se preocupam conosco, que nos amam, que nos atendem as necessidades... Valorizemos o amigo que nos socorre, que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona para saber como estamos indo... A amizade é uma dádiva de DEUS... Mais tarde haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar solidão!!!"

POESIA - ROSAS BRANCAS

Por José Pedro de Andrade
Como são belas as flores,
sensíveis perfumes,
um arco-íris de cores,
flores que são como nossos amores.
Flores plantadas,
flores colhidas,
flores que enfeitam o jardim de nossas vidas.
Cravos, violetas, margaridas,
mas as rosas são as minhas preferidas.
Rosa, símbolo do amor presente na alegria,
companheira na dor.
Rosas que nascem no coração,
cultivadas com muito amor e carinho,
são rosas especiais,
rosas sem espinhos.
Como duas rosas que
Deus colocou em nosso caminho
papai e mamãe.
Que o destino já levou embora.
Hoje são rosas brancas
ao lado de Nossa Senhora.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Buscando as Origens - O Capitão João Novato

                       O Capitão João Novato nasceu na cidade de Patrocínio do Sapucay em 9 de abril de 1864, filho de José Custódio Moreira de Souza e de Anna Custódia da Conceição, ambos portugueses e originários da freguesia de Capellas da ilha de São Miguel, Arquipélago dos Açores.
                       Seu nome de batismo era João Custódio Moreira e possuía Título de Eleitor emitido em 8 de abril de 1890, mas como era conhecido como João Novato, e na cidade residia outro João Moreira, fez publicar em um jornal a seguinte declaração:

                      "João Custódio Moreira avisa ao público que d'ora avante passa a assignar-se como abaixo, por ser assim conhecido neste lugar, ficando porém válido todo e qualquer compromisso feito com a antiga assignatura.
                       Patrocínio do Sapucaí, 3 de agosto de 1899. João Novato".

                       Em 10 de junho de 1901, obteve uma segunda via do título de eleitor com o nome modificado.
                       O Capitão João Novato pertencia ao 25º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, sendo por isso chamado de Capitão João Novato. Era comerciante e fazendeiro em Patrocínio do Sapucaí, considerado uma das maiores "fortunas" da cidade em sua época. Foi chefe Político atuante na cidade, sendo amigo de personalidades, como Altino Arantes, que muito fizeram por ela.
                        Grande benemérito da Santa Casa de Misericórdia, doou o 1.º prédio para que nele se instalasse aquele hospital, do qual foi o 1º Tesoureiro, conseguindo o apoio do povo e do governo para que em 1.º de novembro de 1908 fosse instalado.
                        O Capitão João era casado com Luiza Dias Pereira, natural de Diamantina, onde nasceu a 2 de janeiro de 1872, filha de Furtunata Vieira Dias Pereira e João Batista Dias Pereira (João Carolino), um dos fundadores da freguesia de Santa Bárbara das Macaúbas e mais tarde da freguesia conhecida como Garimpo do Turvo (ou do Sapucahy), às margens do rio sapucaí, e que daria origem à cidade de Patrocínio Paulista.
                        Luiza faleceu nesta cidade em 24 de janeiro de 1914. João veio a falecer em 13 de junho de 1924 e foi homenageado por necrológio do jornal "O Progresso" de 15 de junho de 1924, justa homenagem àquele que fundou "A Justiça", primeiro jornal a circular nesta cidade.

                                                                      Palmira Luiza, 21 de maio de 2009.